sábado, 30 de março de 2013

Sobre todas as coisas...

Sobre todas as coisas
Não está o céu
Nem as profundezas da terra
Não está o mar
Nem o pico mais alto
Não está o fogo
Nem a água fria
Não está o ar
Nem o vácuo
Não está a Lua
Nem o Sol
Não estou
Nem estarei

Sobre todas as coisas
Está o propósito 
de estar.


domingo, 23 de março de 2008

Tristeza Absoluta

Do todo não absoluto
uma tristeza absoluta
é sua falta

segunda-feira, 17 de março de 2008

Armadilha

A chuva cai
As folhas voam
Os pássaros se escondem

Dentro de meu mundo
entre quatro paredes
personalizadas e diferentes
com uma cortina
que com o vento se move
apenas ouço a vida lá fora

Há sinais de vida
cada vez mais distantes

Meus olhos pesam e querem fechar
Minhas mãos com dificuldade
movem a caneta sobre a folha
indiferente quando vazia
mas, personificada
com minhas letras, palavras e frases
inúteis,
porque também são vazias

A chuva para
Mas o chão é escorregadio
O medo me invade
e toma um território
onde antes havia esperança

Não bastam os pedidos
não basta a força que se imagine ter
não basta a luta de uma batalha já acabada
onde não há mortos, nem feridos
apenas ideais desfeitos
e a sufocante falta de ar
de querer agir e não conseguir
por estar presa
em minha própria armadilha

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O Sol

A lua que brilha
Ilumina a escuridão da noite
Mas opaca a luz das estrelas
Que são as estrelas do céu
Quando a lua não brilha

No entanto,
Nem a lua e as estrelas tem em si
O poder pra poder
Brilhar e iluminar
Toda a vastidão do negro

O sol, no oculto desta ópera é quem opera
E faz transcender além de seus limites
Toda a plenitude de energia
Que faz todo o mundo brilhar!!!!



Fernando de Noronha.


sábado, 12 de janeiro de 2008

Pássaros Azuis

E o céu está azul
pelo sol iluminado
e pelo verde das folhas mesclado
Meu olhar
para o alto se dirige
em busca de pássaros azuis
que busco há tanto tempo

Há tanto tempo
que parece até
que o tempo não passou
e nada mudou

Há tanto tempo
que minutos somaram-se a semanas
horas transformaram-se em meses
e os anos se eternizaram em meu coração

Há tanto tempo
que o tempo que chega é triste
e já estou me acostumando
com o silêncio dos pássaros
que não cantam mais
em meu viver



 Fernando de Noronha

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Em tua poltrona de ti me recordo
Ao teu lado enquanto tv assistias
em folhas e cadernos
desenhava e escrevia
minhas letras primeiras
os primeiros símbolos

O tempo passou e em tua poltrona não estás mais
Já não desenho e os símbolos complexos se tornaram
Já não posso te dizer que para o segundo ano passei
e nem mostrar as lições da vida
circunscritas tão dificilmente para o papel

Não pude te convidar para o momento de consagração
onde de aluna, professora me formei
E nem pude te dar um buquê, quando da comemoração
de graduada em nível superior me fiz

Mas sei que sempre esteve ao meu lado e sempre estará

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Poesia

De uma lágrima nos olhos
nascerá um sorriso
e uma nova poesia
Meu olhar perceberá
e cantarei
Cantarei a esperança
renascendo em meu peito